domingo, 7 de outubro de 2012

Poemas

Cidade

Entre vastos campos edificados
abre-se clareira gigante.
Edifícios enormes enfileirados
que tornam-se galantes.
Encontro pessoas que não se olham,
não se falam e nem se tocam.
Caminham lado a lado
feito estátuas aladas.
Ouço ruídos, conversas e barulhos eternos.
Transitamos neste burburinho
sem perceber sofrimentos eternos.
Somos só na multidão, sem ninho,
sem pouso, alçamos voo infinito.
Os edifícios, as pessoas continuam.
Nosso sofrimento é infinito
enquanto pessoas caminham.
Somos sozinho na multidão.
Somos sozinho na imensidão.
Somos sozinho neste turbilhão.
Somos sozinho neste mundão.

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