quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Meus Poemas

DESAFIO

O que me faz aprender?
A vontade de conhecer,
de mover-me pelas questões,
de realizá-las em sua plenitude.
O que me faz ensinar?
 A angústia de aprender,
de mover-me em suas discussões,
de realizá-las em sua inquietude.
Aprendo pela troca constante.
Aprendo pelo diálogo permanente.
Aprendo pela escuta comovente.
Aprendo ouvindo paciente.
Aprendo pelo olhar perspicaz.
Aprendo pela teoria eficaz.
Aprendo pela prática salutaz.
Aprendo pelo desafio eloquente.
Aprendo pelo desejo aparente.
Aprendo pela emoção consequente.
Aprendo pela realização pessoal.
Aprendo pela necessidade consensual.
Aprendo pela memória cultural.
Aprendo pelo convívio social.
Aprendo por amor à Educação.
Aprendo por ênfase à modificação.
Aprendo por êxtase à alfabetização.
Aprendo para ensinar.
Ensino para aprender.
Aprendo para transformar.
Ensino para resplandecer.
Aprendo para lutar.
Ensino para sobreviver.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Meus Poemas

HORAS DA VIDA

As horas passam
lentamente.
cada minuto ou segundo
se seguem um ao outro
sem se preocupar com a vida.
As horam caminham
intensamente
passo a passo no mundo
arrastam um ao outro
sem denunciar a vida.
As horas passeiam
vagamente
cada ponteiro ao fundo
vão um atrás do outro
sem apressar a vida.
As horas transitam
calmamente
o som que não confundo
cada um seguindo o outro
sem atravessar a vida.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Projeto Meu nome
Projeto Carnaval

Projeto Circo

Projeto Circo

Meus Poemas

OLHOS

Vi uma criança parada
no chão sentada.
Me olhava calada
e seus olhos sofridos
deixavam ver
as dores sentidas,
das angústias contidas,
de poucos anos idos.
Seus olhos me olhavam,
de dores falavam,
que vozes calavam,
que o mundo sufocava.
Olhos tristes penetrantes.
Olhos agéis confiantes.
Olhos claros radiantes.
Olhos vagos brilhantes.
Olhos coesos conflitantes.
Olhos foscos palpitantes.
Olhos tortos angustiantes.
olhos vazios calmantes.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Meus Poemas

ESTRANHO ESTRANHAMENTO

O que é o estranho?
senão a percepção do outro.
O estranho é o que o eu não é.
É aquele que sabe o que o eu não é.
Que se move sorrateiramente
na fronteira da semelhança.
Que escorre inteiramente
no ser e no não ser.
É do eu a esperança
que caminha no mar
da infinita existência.
É o que o eu queria ter
mas que dele fuge.
O que é o estranho
senão o estranho estranhamento
do eu que se movimenta no outro?

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Meus Poemas

OLHANDO PELA JANELA

Vejo sempre o mesmo
lance de subida,
nem claro, nem escuro,
sem degraus, reto.
Movimentos se entrecortam
para vários acessos.
Almejo galgar alguns lances
ao chegar ao final.
Existe um novo começo
para que a vida tenha sentido
ou para que a vida não pereça.
Ergo os olhos e vejo
a porta alta da consciência
e vislumbro alcançar as estrelas.
Estou, eu, no meio delas.
Da sala cheia, só eu vejo.
Estou à frente,
não na frente da turma,
mas, à frente no tempo.
Viajo,
criando lances largos de ascenção.

Inclusão é o que interessa nesse mundo